domingo, 21 de julho de 2013

Breve resumo de um (des)amor


"O que está perto de mais dos nossos olhos, é justamente aquilo que não conseguimos enxergar"*
E de repente essa situação de que de uma hora para outra fossemos estranhos um para o outro.
 
Abraços do tamanho do mundo, beijos com gosto de morango, nossas risadas cúmplices, tudo transformado em contatos reticentes.
 
Fui pra casa mais cedo, você estranhou.
 
Ameacei virar as costas e voltar para a rua, com o olhar te implorei para que me pedisse pra ficar, você até tentou, mas teu orgulho fez você se calar.
 
Fui para os lugares que não eram meus, para os braços daqueles que não eram você, para uma vida onde eu era qualquer coisa, menos eu.
 
Afastados.
Você deu nome a esse afastamento: twitter, facebook, whats app. Revidei e botei sobrenome: futebol até a madrugada, amiguinhas moderninhas, indiferença sobre tudo aquilo que me valia tanto.
 
Eu quis fugir de você, porque de repente a pessoa fantástica que me fazia andar nas nuvens tinha se transformado num pé no saco.
Eu, da delícia diária de andar nas nuvens, passei ao inferno cotidiano de pisar em ovos.
 
Nos descuidamos, nos maltratamos, e a cada encontro as palavras atiradas de um  lado ao outro sem nenhum cuidado apenas serviu para nos ferir ainda mais.
 
Será que nos tornamos um desses casais que não se amam mais e estão juntos apenas porque nenhum dos dois tem coragem de terminar?
 
- Eu não amo mais você.
 
Um misto de alivio e desespero, de novo as mesmas acusações, as mesmas (in)diferenças atiradas na cara um do outro.
 
- Eu não amo mais você.
 
Mas e quanto isso importa agora?
 
A-C-A-B-O-U
 
(se é verdade que não há nada no mundo mais lindo do que o amor, também é verdade que não existe nada que possa doer mais do que ele).
 
 
*Texto baseado no 9º episódio da série Do Amor - assista aqui!

5 comentários:

  1. Nossa.... Muito triste porém lindo!!!

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  2. Nossa.... Muito triste porém lindo!!!

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  3. Nossa.... Muito triste porém lindo!!!

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  4. A tênue linha entre o felizes por enquanto e o infelizes para sempre, na tentativa frustrada de buscar o impossível do felizes para sempre.

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